Ao contrário de Dune 1, a sequela não me fez questionar as 2h30 que passei em frente ao grande ecrã.


A segunda parte da adaptação de Denis Villeneuve da obra literária de Frank Herbert entrou rapidamente para a lista de 10 filmes que mais gostei de ver no grande ecrã (de sempre!).


Nesta sequela mantemos o foco em Paul Atreides que, junto de Chani e os Fremen, prepara a vingança contra os que destruíram a sua família.


Numa escolha entre o amor, por Chani, e a prevenção do futuro destruidor que consegue prever, conseguimos adicionar mais camadas à personagem de Timothée Chalamet enquanto este tem de escolher entre o amor ou o destino que lhe estava atribuído.


As personagens estão muito bem trabalhadas e o elenco entendeu claramente o desafio que tinha em mãos. O meu destaque vai para a personagem de Austin Butler, o vilão Feyd-Rautha. Tudo funcionava para fazer esta personagem parecer perigosa, psicótica e quase delinquente.


Ainda sobre as personagens, gostei especificamente de ninguém ser apenas herói ou vilão em Dune 2. Todas as personagens saltitavam entre princípios, o que as tornava mais reais.


O aspeto técnico do filme junto da música de Hans Zimmer é, claramente, o holy grail do filme. As paisagens, os efeitos especiais e o guarda-roupa, todos estes aspetos que já eram tão bons por si só, ganham uma intensidade ainda maior com a junção da música às cenas. A atmosfera era absolutamente envolvente e transporta qualquer um de nós para o meio do deserto junto das outras personagens.


O meu conselho é não esperem por Dune 2 no streaming e corram, enquanto podem, para o grande ecrã mais próximo. Poucos filmes vão valer tanto a pena como este!

 

Texto: Francisco Barros

28 de março de 2024 — Diana Nobre