Estivemos a digerir a viagem a Amsterdão para só agora a colocarmos no blog. Prometemos que não foi dos bolinhos 👀


Saímos de Portugal no dia 29 para uma pequena escapadela de fim de semana prolongado para visitar a Holanda pela primeira vez juntos. Chegamos por volta do meio-dia e seguimos do aeroporto para a cidade de comboio sendo que o bilhete dessa viagem ficou a cerca de 3€ por pessoa.


Optamos por reservar um hotel numa zona mais resguardada do centro da cidade, mas estávamos bastante ansiosos para conhecer o hotel já que se intitulava o hotel mais musical e a casa perfeita para músicos ou entusiastas! Com apenas 50 quartos, o Q-Factory Hotel tinha estúdios de música, 2 salas de concerto e um café noturno mais funky! Todos os dias da viagem tivemos oportunidade de ouvir e ver concertos ao chegar ou a sair do hotel o que trazia um vibe muito cool e alternativa a todo o hotel.

 

 Dentro das atividades que conseguimos fazer nesta viagem o museu Nxt Amsterdam foi definitivamente a que mais nos desiludiu. Trata-se do primeiro museu na Holanda dedicado a New Media Art explorando as várias sensações dos públicos que o visitam. Parece tudo ótimo até aqui, certo? Então, o problema não se prendia com a qualidade das exposições porque eram, de facto, incríveis! O bilhete custava 25€ e ficava muito fora de mão da cidade sendo que acabamos por andar 1 hora e 15 minutos a pé, por zonas habitacionais em construção, com aspeto muito apocalíptico, para termos uma visita de cerca de 15 ou 20 minutos. Novamente, as peças eram incríveis, mas o museu, talvez por ser recente, tem apenas 3 salas o que, na nossa perspetiva, não justificava o valor bastante alto que pagamos para entrar.

 

Para andarmos pela cidade optamos pelos transportes públicos sendo que já tínhamos comprados os mesmos! Ficou 45€ a cada um para os 4 dias e podíamos utilizar em comboios, metros e autocarros e valeu bastante a pena porque a rede de transportes públicos da cidade é excelente e bem equipada!

E a comida? Para os que me conhecem sabem eu viajo com novos pratos e restaurantes. Amesterdão acabou por nos surpreender porque todas as refeições foram incríveis!

Começamos num mexicano brutal, o Local Dealer, sendo que os dois juntos ficou por volta dos 70€ e só ficou “mais caro” porque cada copo de bebida custava 11€. Ramen é um prato bastante comum na cidade e o que visitamos também era bastante bom. Já o destaque da viagem vai para o Karavaan. Apesar de nem eu, nem o Vítor, sermos vegetarianos, a comida era incrível mesmo! Existem vários restaurantes da cadeia espalhados pela cidade e, como gostamos tanto, foi o único local que acabamos por repetir – de muito bom grado 😋


Fizemos ainda a visita obrigatória ao Red Light District e acabamos por não ficar tão chocados quanto isso. Obviamente é uma imagem “bizarra” para nós portugueses, é um mundo à parte despido de preconceitos ou vergonhas. Assumem o corpo como quase uma propriedade livre de cada um e do qual cada um pode fazer com o mesmo o que quiser! Do meu lado, como mulher que pode fazer as suas escolhas, acho muito bem que cada um possa fazer livremente aquilo que quiser sem o medo de que os outros nos possam julgar!


Optamos por deixar o obvio para o fim – Cann🌱bis

Falar da Holanda sem falar sobre este tema? Impossível.

Apesar de ser uma experiência obrigatória na visita à cidade, a verdade é que não é algo a que ligamos tanto hoje como poderíamos querer saber no passado. Ainda assim, queríamos experienciar a sensação de liberdade total e sem desconforto nos olhares dos outros e, claro, é super diferente daquilo que acontece em Portugal.

Acaba por ser engraçado também de vez em quando ver pessoas meias em knock-out ou a vomitar por levarem as coisas ao extremo precisamente por haver essa liberdade – grande parte deles, muito provavelmente, eram turistas. Como nos países de onde são também é proibido, acabam por querer fazer demasiada quantidade e passam os limites tornando esta liberdade algo até quase negativo porque não se divertem.


Apesar disto, não visitamos nenhuma Coffee Shop porque o ambiente não me deixava muito confortável sendo que eram todas bastantes escuras. Optamos antes por uma espécie de drive-in mas que se fazia a pé. Tinha uma janela pequena, as pessoas compram e seguem viagem, sem terem sequer onde se sentar.


Esta diferença de realidades entre Portugal e Amsterdão sobre a legalidade de cannabis é algo que acaba por interessar a todas as gerações, seja para ser a favor ou contra sendo que, como em todos os temas, existem duas faces da moeda.

Do lado da BAUY, acreditamos que a legalização contribui direta e imediatamente para a diminuição da criminalidade e banaliza o tema, deixando de ser uma espécie de “fruto proibido”, tornando-o assim, também menos apetecível para aqueles que o fazem apenas porque querem desafiar leis e regras.


Assim, a Holanda é um destino obrigatório dentro da europa para qualquer um pelo choque de realidades necessário para evoluirmos como sociedade, despindo-nos de preconceitos e picuinhices relacionadas com as vidas alheias à nossa

 

Texto: Francisco Barros

21 de março de 2024 — Diana Nobre