A BAUY finalmente está a voltar!!
A BAUY finalmente está a voltar!!
Depois de anunciar a pausa criativa, uns dias depois fui parar ao hospital com um problema de saúde que me deixou de baixa por tempo indeterminado: um burnout!
A causa?
Uma correria incrível contra o tempo, uma necessidade sufocante de esconder a realidade que é a marca, ou seja, de esconder que sou apenas eu. Queria ser vista como uma marca que tem uma equipa numerosa, que é algo grande, porque eu tinha a crença de que, se não fosse assim, nunca me iriam levar a sério.
Um desespero de querer ser falada, conhecida, de querer ser grande, de ter muito sucesso e de ter uma conta cheia e gorda.
Estava numa constante luta pela conquista da expectativa do outro. Para mim, só importava qual a visão que o outro tinha sobre mim, sobre o que eu criava. Para mim, os likes, o número de encomendas, o número de followers, era o foco.
Mas a realidade é que isso tudo chegou e eu sentia-me cada vez mais vazia, sentia-me cada vez mais a aumentar a fasquia, nenhum número chegava para mim.
Trabalhava noite e dia. Se acordasse às 3h da manhã e não conseguisse dormir mais, eu ia para o computador e trabalhava até à hora de ir buscar a minha filha à escola, até às 17h, e na noite seguinte, se não conseguisse dormir, voltava a fazer o mesmo. Para mim, o meu exercício matinal eu fazia porque sabia que era importante para o meu corpo, mas fazia contrariada, porque para mim era uma perda de tempo não estar sentada no computador a ver números e novas formas de fazer mais vendas, de chegar a mais gente.
Quando entramos na procura da validação do outro para darmos valor ao que fazemos, entramos numa rodinha dos ratos: quanto mais corres, mais precisas de correr, senão cais. E quando não sabes parar, o teu corpo pára-te. Então, o meu corpo avisou-me no ano passado que tinha que parar, mas eu não entendi a mensagem. Então, este ano, ele parou-me por absoluto.
E foi a melhor coisa que me aconteceu na vida. O primeiro mês doeu, doeu muito, para além do físico, o psicológico que estava habituado a fazer mil tarefas diárias. O segundo mês veio a arte em modo de refúgio para que o tempo passasse, até que no terceiro mês começou a vir a clareza de que a arte cura, e perceber que...
Isto foi tudo um ato humano que possui um ego como todos os outros. Eu tenho o meu, que foi um diabo dentro de mim que falou mais alto durante 6 anos. Quando procuramos a expectativa do outro, a aprovação, a validação, o sucesso visível aos outros e não para nós, isto é tudo campos de batalha que o ego nos empurra para lá. Mas, se nos despirmos de tudo isso e nos imaginarmos sozinhos e nus, não precisamos de nada disso. Precisamos é de passar bem o tempo, de nos sentirmos livres, amados e felizes.
E tudo isto veio-se alinhar por completo e deu-me as respostas certas que precisava para a pausa criativa.
✌💚 Acabou o stock
✌💚 Acabou o envio em 24h.
✌💚 Acabaram os preços mega acessíveis
✌💚 Acabaram as colecções com muita variedade e sempre a surgir
Porquê?
Não sou uma Amazon, nem Shein!
Sou a Diana, uma pessoa de carne e osso, que precisa de tempo para criar, para idealizar. A criatividade não surge quando quero, é uma energia que flui, ela vai e vem, como a felicidade. Não é uma constante, ela vai e vem, e quando forçamos, dá asneira.
Preciso de tempo para materializar as minhas ideias, para ver se funcionam, para experimentar, falhar e tentar de novo.
Tempo para organizar tudo e fazer com que quem me ajuda entenda as minhas ideias, que são as 3 costureiras que me acompanham e 1 cortadeira.
Tempo para fazer o packaging, tempo para fazer as encomendas, o meu próprio conteúdo. Uma vez que fui fotógrafa durante 15 anos, sou muito esquisita no tipo de imagem que quero, e sei que, para quem fotografa para mim, posso ser o seu maior pesadelo, porque tenho ideias muito fixas.
Tempo para fazer design, ilustrações, estampagens manuais, fazer tintas, fotografar, desenhar o site, etc...
E a lista não acaba!
No meio de tudo isto quero viver, ser feliz, rir, cuidar dos meus, fazer a minha arte que tenho por aqui: www.diananobrestudio.com ...
E nunca, mas nunca, se esqueçam de que nós trabalhamos a maioria do nosso tempo de vida. Por isso, é bom que escolham algo que vos encha o coração, que vos faça sorrir, e aproveitem o caminho desse trabalho, projeto, seja o que for que estejam a fazer. Façam de forma que seja prazeroso, porque os melhores anos da tua vida, os anos de mais saúde, de mais agilidade, de mais energia, são passados a trabalhar. Por isso, escolhe bem e sê feliz no que fazes.
Com isto, sei que muitos clientes vão embora, porque já não entro nos seus padrões, mas não tem problema. Há espaço para todos neste mundo. Sei que quem ficar é porque se alinha comigo, e quem vier de novo e ficar é porque os consegui atrair até mim!
A partir de hoje, quando escolhem comprar da BAUY, escolhem comprar da Diana, uma pessoa que faz tudo com o maior amor. E se tiverem algum problema com a vossa encomenda, por favor, eu posso demorar a responder porque sou só eu, mas irei SEMPRE ajudar da melhor forma que sei!
Com amor,
Diana Nobre